12 de agosto de 2016

Áspera



Ah... triste sina
Porque afagas meu peito
Com sua melancolia
Me guardas do deleite
De ouvir em suas tristes rimas
Estrofes de amor
Dos versos que aos poucos expira...

Ah... Sorrateiro e incrédulo
Antro de impropriedades
Deixastes meu ser
Para ser um vasto ser
Ao longo de suas liberdades

Que pranto ácido é este
Que derramo sobre meu rosto
Sinto até o gosto
Amargo de viver
Talvez morrer fosse uma solução
Mas morrer é viver a ilusão
Que a morte não trás sequer
uma conformação

Tantos cálices de bebida
Já devorei
Me embriagaram de vez
Sinto-me sem lucidez
Para ao menos falar
Não quero perder-te
Mais uma vez...



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