12 de agosto de 2016

Andromeda



Quero sua fuga de meus pensamentos
Fechei a porta pra você
Mas ainda ouço você bater dentro do meu coração
Sinto seu cheiro na noite
Até o clarão do dia
Pelas vias desabando até minha respiração

Sinto seu toque, seu desejo
E desejo seu beijo
Olhando as luzes de seu olhar na escuridão
Sinto a madrugada fria
E conto os segredos
Que estão aprisionados nesta sensação

Sinto que estou louco me arrastando pelo chão
Perco a lucidez, a sobriedade, a timidez
Destroço seu retrato na parede
E tento assim apagar a sede que sinto em meu ser
Estou com o corpo cansado, o sono não chega
A energia que me falta ... esta em você

E ligo e desligo a tv
E  o programa é o mesmo... você
Tento entender até que ponto vou chegar
Porque não posso mais te alcançar
Não quero mais te alcançar
Viro minhas costas para as imagens
E só por esta estrada infinita, vazia, caminho querendo te enxergar

Estou deixando o tempo escorrer pelos dedos
Não sinto medo nem desolação
As vazias luzes das estrelas
Não iluminam mais minha constelação
Agora no pó reencarno minhas dúvidas
Que parecem dividas ... perdidas ... na imensidão...


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