12 de agosto de 2016

Alvorecer sombrio



Ao alvorecer sombrio....
Das Correntes enferrujadas
Arranco meus punhos
Para as obscuras cenas da noite...
Flagelo de tempo
Terror agonizante
Como a hipotética sombra das folhas ao vento...

Do mundo que respira
Arranco minhas cativas imagens de dor
Empunhando uma espada negra,
Além do silêncio...
Encharcada com o sangue do horror...

Delírio ofegante
Flor da agonia
Palácio enegrecido em um Corpo dormente
Da mente, dos escravos da servidão
Escritas nas páginas da morte
Com a força dos sábios
As palavras de maldição...

Quadro sombrio
No julgo do paraíso
Se preciso... Caminho pelos cantos
Do sofrimento, do gelo, do frio...


Serena sombra que me ataca
Seus olhos enxergam minhas
Vestes queimadas
Pelos dias de pavor que me atribulou
Guerreiro do inferno
Para o inferno do guerreiro
Perante o penhasco que me atirou...

Grito das trevas
Figura enigmática
Noturna paixão
Que em meus ouvidos sussurra
O acalento do tempo
No tempo
Pelas folhas ao vento
Da abominação....

Fim...


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